O Escolhido de Deus

Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. Ele trará justiça às nações. Isa 42:1:

sábado, 26 de maio de 2012

Que tipo de discípulo você é?



Penso que mais do que descobrir coisas novas, um dos maiores desafios da presente geração é conseguir colocar em prática antigos bons ensinamentos. Aliás, este é um dos significados do dicionário para “discípulo”: “Aquele que aprende”. Jesus disse a todos: “Siga-me” (Mc 8.34) Seguir Jesus é o primeiro chamado. Ser e fazer discípulos verdadeiros!

Mas como identificar se eu sou um verdadeiro discípulo? Há muitas respostas clichês. A primeira delas é: “Sou escolhido de Deus”! Gostamos de declarar que somos escolhidos de Deus como se isso nos tornasse imunes ao erro. Todavia, Judas não se ofereceu para seguir Jesus. Ele foi escolhido (Mt 10.1-5).

Outra maneira que muitos usam para identificar verdadeiros discípulos é o envolvimento na obra do Senhor. Quanto mais trabalhamos em atividades congregacionais, mais somos vistos como bons discípulos. Mas Judas trabalhava muito no ministério de Jesus (Mc 6.38-42).

Há ainda o entendimento de que ser usado publicamente por Deus, nos dá crachá de discípulo. “Se alguém é usado para curar enfermos, prega com autoridade ou expulsa demônios certamente é bom seguidor do Salvador”. Entretanto, Judas fez tudo isso (Mc 6.7-13).

Resta ainda a afirmativa de que o líder, o que tem cargos eclesiásticos deve ser grande em Deus. Só que Judas tinha um cargo. Ele era o tesoureiro (João 12.6).

Talvez você esteja confuso. “Se não posso me afirmar um discípulo pela escolha de Deus, trabalho na obra, vida ministerial, unção ou liderança, o que me resta? Como poderei identificar um verdadeiro discípulo?”

Nós simplesmente não podemos. Não temos acesso ao único instrumento de análise: o coração. Não conhecemos o coração das pessoas e na verdade não conhecemos nem mesmo nosso próprio e enganoso coração (Jr 17.9). Mas há alguém que conhece: “[...] o SENHOR sonda os corações.” (Pv 21.2)

Judas provou que não basta estarmos inseridos num grupo de pessoas que seguem Jesus. Nós precisamos amar Jesus! A única entrega que interessa é a entrega total (Mt 22.37). Se assim não for nós vamos debandar ao ouvir uma palavra dura (Jo 6). Ao ver nossa pele em risco, vamos negá-lo (Mc 14.68). Ou pode ser que ao ver nossas expectativas frustradas, cheguemos a trai-lo (Mt 26.15, Jo 12.6). Interessante que a motivação da traição de Judas foi perceber que Jesus não via as coisas como ele. O olhar de Jesus sobre dinheiro, estruturas sociais; sobre o plano de Deus para Israel, tudo era diferente do que Judas esperava.

É possível fazer muitas coisas para Deus vivendo longe dele (Mt 15.8). Mais do que se envolver nas causas de Cristo, precisamos dar-lhe nosso coração. E isso não é utopia.

Não nos enganemos. Formatos que alegram homens nem sempre têm aprovação de Deus. Somente se O amarmos mais do que tudo nós O seguiremos pra valer. E seremos chegados a Ele com tamanha intimidade a comer na mesa do Pai recostados sobre seu peito (Jo 13.25) e ouvir ali revelações dignas de alguém da mais extrema confiança do Mestre.

Que tipo de discípulos temos sido para Cristo? Essa não é uma pergunta acusadora e não tema ouvir a resposta que só Ele tem. Quando quebrantados por Ele, seremos acolhidos e orientados com todo seu amor.

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139:23, 24)

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